Uma tragédia marcou a última terça-feira (10 de junho de 2025), na região metropolitana de Belo Horizonte, levantando questionamentos sobre a segurança no trânsito e o uso de bicicletas motorizadas.
De acordo com informações do site Bike Registrada, a legislação brasileira sobre bicicletas motorizadas ainda está em desenvolvimento, o que gera dúvidas quanto à regulamentação e à segurança desses veículos.
Segundo a Polícia Militar, um adolescente de 13 anos, identificado como Miguel Henrique Rodrigues dos Santos, morreu após um grave acidente na Avenida Horácio Terena Guimarães, no bairro Céu Azul, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte.
Miguel conduzia uma bicicleta motorizada de fabricação artesanal quando perdeu o controle do veículo e caiu sob as rodas de um caminhão betoneira, que transportava concreto. O motorista do caminhão, que não apresentava sinais de embriaguez, realizou o teste do bafômetro, cujo resultado foi negativo. Ele relatou que o adolescente saiu de uma rua lateral e trafegava ao lado do caminhão no momento da queda.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas o óbito foi constatado ainda no local. O corpo do jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.
A bicicleta motorizada, que não possuía registro e era de fabricação caseira, foi apreendida. O caminhão, que teve um dos pneus danificados, foi liberado para custódia. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do acidente.
Conforme a Resolução 465/2013 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), bicicletas motorizadas são veículos de duas ou três rodas equipados com motor de combustão interna ou elétrico. Para conduzi-las legalmente no Brasil, é necessário seguir uma série de normas. Bicicletas elétricas com potência de até 250W e velocidade máxima de 32 km/h não exigem habilitação, mas devem estar equipadas com itens de segurança, como capacete, luzes e sinalização adequada.
