O direito à informação é uma garantia assegurada ao cidadão em instância federal. Isso precisa ser dito e repetido. Diariamente, somos bombardeados com dezenas ou até centenas de conteúdos informativos, seja por meio da mídia tradicional, seja pelas novas tecnologias e redes sociais.
É fato que a comunicação mudou drasticamente com o advento da internet e com a maneira como os usuários interagem com ela. Podemos afirmar que as notícias hoje circulam com uma velocidade nunca antes vista, muitas vezes em tempo real, o que compromete ou ao menos desafia os pilares fundamentais do jornalismo: apuração, checagem, análise das fontes e precisão.
A população consome, precisa e tem o direito de ar informações sobre sua comunidade. É aí que entra a imprensa regional: ela cumpre o papel de estar próxima da realidade local, levando ao público conteúdos essenciais para o cotidiano, como atualizações sobre saúde, trânsito, educação, cultura, política e segurança pública.
Os veículos de comunicação têm um papel primordial nesse processo e, ao mesmo tempo, exercem poder de escolha sobre como veicular a informação, qual será o tom, a abordagem e até mesmo a tendência editorial adotada. Esse cenário levanta reflexões importantes sobre ética jornalística, proteção de dados sensíveis e o limite entre informação e sensacionalismo.
É preciso também mencionar a carência, em algumas regiões, de profissionais devidamente qualificados ou formados em comunicação, o que compromete a qualidade técnica e teórica do jornalismo praticado. A ausência dessa base pode interferir diretamente na seriedade e na responsabilidade das notícias que chegam até o público.
Diante disso, algumas perguntas se tornam inevitáveis. Qual é a veracidade da informação que consumimos todos os dias? O que confere autoridade a uma notícia? Como filtrar conteúdos? Estamos sendo informados ou desinformados? Alienados, talvez? Você, leitor, já se fez esses questionamentos?
Todos nós somos sujeitos pensantes, e é nosso dever exercer um olhar crítico sobre o conteúdo que consumimos. Isso também implica compreender a origem, a intenção e a qualidade da informação. Trata-se de responsabilidade coletiva e individual.
Uma das grandes potencialidades da imprensa regional está justamente na sua capacidade de oferecer uma informação mais próxima, mais humanizada. Valorizar profissionais da região e tratar os temas locais com seriedade é uma forma de exercer o jornalismo com papel social e compromisso ético.
Como colunista, deixo o convite. Qual é o seu ponto de vista sobre o papel da imprensa regional em nossa sociedade?